Semana passada, no meio de uma matrícula, escutei a pessoa ao meu lado informar para a atendente do cursinho, ao preencher sua ficha de inscrição, que não possuía número de telefone celular... só o número residencial....
Hã?
O quê?
“NÃO POSSUÍA CELULAR?” (como assim???????????)
Fiquei rosa chiclete com aquela informação (que nem havia sido destinada a mim), pois o meu celular hoje é TUDO na minha vida... rs... É calendário, despertador, máquina digital, vídeo game portátil, agenda, calculadora, lanterna, mp3, mp4, pen drive, meio de comunicação, entre outras funcionalidades... E isso porque o meu ainda não tem GPS, monitoramento via satélite, tradutor on-line, e outras coisas estilo James Bond...
Refletindo sobre o assunto, li um artigo (autoria de Nicolaci-da-Costa) que me deixou um tanto perplexa quando soube que um estudo sobre a penetração do telefone celular na vida de alguns jovens conclui que o mesmo produz alterações psicológicas do tipo: dilatação da sua autonomia, liberdade e privacidade; expansão da intimidade em vários de seus relacionamentos; emergência de novas formas de controle interpessoal; o aumento de sua sensação de segurança e o sentimento de nunca estarem sós. Identifiquei-me com todos, é claro!!!!!!!!!.....
Quando nos tornamos tão dependentes do celular e nem nos demos conta???
No dia que eu esqueço o celular em casa... AAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!! Meu Deus... O que será de mim neste dia? E se as pessoas quiserem me localizar? E se for importante? E se, e se, e..... (desespero chegando!)... Por que essa necessidade de compartilhar tudo em tempo real? Essa ansiedade? Se eu não falar com fulaninho imediatamente vou morrer; se eu não compartilhar o que está acontecendo neste exato momento com alguém vou ter uma síncope; e se eu precisar de ajuda e não encontrar ninguém disponível???? (putz!)
É, concluí que pereço deste mal moderno, pois dificilmente largo o meu celular, ou o desligo (tipo, quase impossível isso acontecer)... Hoje tenho duas baterias, caso uma delas acabe no meio do dia, durmo com o celular do meu lado – ligado!!, atendo mesmo quando estou dirigindo, levo ele até quando vou tomar banho, deixo-o sob meus olhares ansiosos o dia inteiro, e, às vezes, em ambientes barulhentos, chego a colá-lo no meu corpo (no modo vibratório) para não passar despercebida sequer uma chamada...
O telefone dá qualquer sinal de vida, e eu vou correndo ver o que é. Mesmo quando não há necessidade alguma, estou mexendo nele ou fazendo ligações desnecessárias, ou só para saber a hora, ou só porque estou sem nada para fazer, ou para organizar (mais uma vez) minhas configurações pessoais, ou pela necessidade de estar ocupada, nem que seja com a atendente do SAC da minha operadora... rs... (tá bom, exagerei um pouco!)
Então, é isso.... quem de nós consegue sobreviver sem essa tecnologia-fútil-necessária? (medo...)
Você consegue?
Nossa!!! tudo isso que você falou sobre o celular, eu sinto também, e fiquei achando que ainda falta alguma coisa a declarar!!!rsrsrs, nao vivo sem o meu, durmo com ele debaixo do travesseiro!!! quer mais????bjs.
ResponderExcluirJuuu, ela é uma viciada isso sim, rsrsrsrs
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